No domingo, foi a vez do Rio Claro FC entrar em campo e perder por 1 a 0 para o São Paulo no Pacaembu, na capital paulista.
Vamos à análise de cada um dos times aqui no Blog.
RIO CLARO PERDE, MAS CONVENCE
Quanta diferença! É desta forma que o torcedor rio-clarista se manifesta ao comparar o trabalho desenvolvido por Luís dos Reis até o início do Paulistão com o do atual treinador, Sérgio Guedes. Embora Reis seja esforçado, o conhecimento tático e técnico de Sérgio é algo a ser louvado, e isso está fazendo uma enorme diferença para o Galo Azul desde que o novo treinador assumiu a equipe.
Após uma grande atuação na cidade de Piracicaba, conquistando com autoridade sua primeira vitória no Paulistão, o Rio Claro foi para a chamada "missão quase impossível" na cidade de São Paulo, onde encararia o São Paulo FC pela 5ª rodada do certame. Ao final do jogo, o placar apontava vitória tricolor por 1 a 0, gol de Rodrigo Caio , mas a atuação do Azulão em solo paulistano somada à anterior em Piracicaba, deixou o torcedor do Rio Claro mais confiante do que nunca e com a batida frase enraizada na cabeça: Sim, nós podemos!
Taticamente, o Rio Claro vem mostrando uma solidez defensiva impressionante, marcação moderna no meio-campo, com pressão e redução de espaços, além de velocidade e boa troca de passes no terço final do campo de ataque. Com os desfalques de Chico e Índio, o Rio Claro perdeu um pouco da velocidade característica no jogo desse domingo, já que o ótimo Lucas Xavier foi, além de cair pelos lados, obrigado a assumir a função de 9, com a ajuda apenas de Romarinho e de um meio campo mais cadenciado e técnico formado por Léo Costa e Thiago Cristian.
Outro ponto positivo é a solidez defensiva, desde a proteção na cabeça de área do volante Maurício, que é zagueiro de origem e as vezes volta para fazer a sobra, até o posicionamento e precisão no tempo de bola da dupla Alex Silva e João Gabriel; Pirulito aliás, que fez sua melhor partida com a camisa do Azulão, gerando sempre a expectativa na torcida que repita o mesmo futebol que rendeu a ele uma convocação à Seleção na época que atuava pelo São Paulo.
Mas ainda há problemas a serem corrigidos; as laterais sofrem defensivamente, principalmente pelo lado direito com Luís Felipe, que ainda não mostrou um bom futebol. Felipe Saturnino ainda oscila, fez excelente partida em Piracicaba mas ficou devendo no Pacaembu. O outro problema trata-se da falta de um camisa 9, posição que vem sendo ocupada solitariamente por Lucas Xavier que, se já vem bem, pode render ainda mais jogando pelos lados na companhia de um jogador de área. Ainda há uma ficha para queimar e com certeza a nova comissão técnica já está trabalhando para isso.
VELO CLUBE DERRAPA EM CASA
A torcida do Velo Clube recuou um pouco em termos de ânimo; também pudera, a derrota em casa para o Taubaté por 2 a 1 veio como uma ducha de água fria pelos lados da Rua 3, freando o início fulminante e arrasador do Rubro Verde na Série A2.
Claro que uma dose de calma e precaução é sempre boa em uma situação de euforia, embora ninguém queira perder; faz bem para a razão e para a análise do trabalho, mas considero esta derrota algo circunstancial, principalmente levando em conta que o Velo estava desfalcado de seus dois principais jogadores no campeonato até aqui em minha opinião: o zagueiro e capitão Tiago Bernardi, grande referência em liderança e técnica no grupo, expulso contra a Portuguesa e o volante Teco, lesionado.
De qualquer forma, essa ausências foram sentidas principalmente no começo, e o técnico Álvaro Gaia do Taubaté, esperto como é, aproveitou para apertar o time velista logo de cara, e conseguiu marcar dois gols em um time que tentava encontrar a melhor postura com os substitutos.
O Rubro Verde ainda demorou para assimilar o golpe, e o jogo permaneceu morno o resto do primeiro tempo.
No segundo o Velo voltou a ser o time dos primeiros jogos, embora tenha sido de forma um pouco desordenada, mas foi para cima do Taubaté, que teve de segurar as pontas definitivamente após o Galo Vermelho diminuir o marcador em cobrança de pênalti.; aliás, os taubateanos devem muito essa vitória ao goleiro Maurício, que pegou tudo e mais um pouco (só gripe acho que não pegou) na noite de sábado no Benitão.
Não é motivo para desespero, afinal, o Velo ainda é 6º e estaria classificado, e vejo um time bem orientado por João Vallim e com muita qualidade em seu elenco. Talvez a maior deficiência seja na conclusão a gol, mas nada que um time bem montado com uma defesa sólida consiga compensar, e acho que o Velo ainda vai mostrar muito isso ao longo do campeonato.
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